eletricidade / Alunos do secundário regressam

Em tempos de pandemia, a Escola Secundária de Paços de Ferreira (ESPF) celebra 45 anos de existência. Ao IMEDIATO, o diretor do estabelecimento de ensino, José Valentim Sousa, contou que a celebração foi simbólica e “triste sem o frenesim dos alunos”.

“Não fizemos mais nada além do hastear da bandeira e da publicação de uma mensagem à comunidade escolar. Tínhamos várias atividades preparadas, mas fizemos uma celebração simbólica”, contou o diretor da ESPF.

Saudoso dos tempos em que os alunos enchiam de energia os corredores da escola, José Valentim Sousa adiantou que celebrar qualquer tipo de marco nesta altura de pandemia é triste. “Escola sem alunos não é escola”, partilhou.

Tradicionalmente, a escola realiza uma semana aberta para marcar o seu aniversário, com atividades planeadas, feiras de universidades, apresentações de trabalhos de alunos e uma gala de Educação Física.

Contudo, na impossibilidade de seguir com os planos habituais, o diretor da ESPF aproveitou a ocasião para reconhecer o esforço da comunidade educativa na adaptação à nova realidade que o ensino enfrenta e ainda vai enfrentar no futuro.

Aulas presenciais têm tido adesão de 90%. Alunos sentem-se cada vez mais seguros

Ao IMEDIATO, José Valentim Sousa contou que o regresso às aulas presenciais para o 11º e 12º ano têm “corrido bem”, com um cumprimento “rigoroso” das orientações das autoridades. As turmas foram desdobradas, para que apenas estejam entre 10 e 12 alunos nas salas de aula.

E, se ao início os alunos voltaram com “timidez”, pouco a pouco vão ganhando segurança e “vencem o medo”. O diretor da escola secundária avançou que cerca de 90% dos alunos apareceram nas aulas presenciais e apenas uma professora pediu atestado médico, por pertencer a um grupo de risco.

Contudo, o representante da ESPF esclareceu que, dos 10% dos alunos que ainda não voltaram à escola, a maior parte tem doenças de risco, sendo que apenas uma pequena parte não regressou por opção dos encarregados de educação, uma opção que considera “legítima”.

“Estamos gradualmente a desmistificar o início do próximo ano letivo, a escola tem sabido responder aos desafios que a pandemia levantou”, considerou o diretor.

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