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O Partido Socialista de Penafiel realizou esta sexta-feira uma conferência de imprensa, para manifestar “a sua profunda preocupação com a situação financeira da Câmara Municipal de Penafiel.
“Segundo os dados do relatório do Conselho das Finanças Públicas, relativos à execução orçamental da Administração Local no 1.º semestre de 2018 e esses elementos apontam para um verdadeiro descalabro nas contas da nossa autarquia”, afirmaram os socialistas.  “Penafiel é o segundo pior do país em matéria de pagamentos a fornecedores”, acrescentou Nuno Araújo.
Segundo os socialistas, com base nos dados agora divulgados, “Penafiel é o segundo pior município em todo o país no que a prazo de pagamentos a fornecedores diz respeito, acumulando uma dívida total de 16,6 milhões de euros”.
Na conferência de imprensa, Nuno Araújo recordou que já tinham alertado o executivo municipal, liderado por Antonino de Sousa, para a questão da dívida. “Em campanha disseram que a dívida baixou cinco milhões de euros. A nossa perceção é que estão a maquilhar as contas, porque logo depois aumentou de cerca de 24 milhões para 31,9 milhões de euros no final de 2017”, frisou.
O socialista criticou ainda a autarquia na medida em que aumentou a dívida a mais de 90 dias, “agravando os pagamentos aos fornecedores” e obrigando-os a um esforço financeiro. “A Câmara faz obras à custa dos empreiteiros”, rematou.
Os socialistas entendem que a Câmara Municipal deve fazer uma melhor gestão da questão financeira, defendendo ser possível pagar a 10 dias e desafiando o executivo para aceitar esta recomendação.

Município rejeita “oportunismo” e “alarmismo” sobre situação financeira da autarquia que está desenquadrada da realidade de hoje.

Em esclarecimento enviado à comunicação social, a Câmara Municipal de Penafiel lamenta “oportunismo” e “alarmismo” sobre situação financeira da autarquia, garantindo que esta está desenquadrada da realidade de hoje e apontando os atrasos nos fundos comunitários para estes resultados.
A autarquia da conta de que este relatório agora divulgado do Conselho de Finanças Públicas (CFP) se pronuncia de forma global sobre a situação financeira em dezembro de 2017. “A situação diz respeito a Dezembro de 2017, se hoje em Setembro de 2018 fosse efectuado novo relatório os dados seriam completamente diferentes. E quanto à situação da divida a 30 de junho de 2018, aplica-se exatamente com o mesmo princípio e enquadramento”, afirmam, lembrando que esta explicação já foi dada pelo Presidente da Câmara Municipal de Penafiel em abril, “aquando da Prestação de Contas de 2017, em Assembleia Municipal, não tendo suscitado qualquer dúvida. Basta ver que as contas foram aprovadas com 34 votos a favor e 17 abstenções”.
A autarquia acusa ainda a oposição, de estar a tentar “empolgar notícias de um relatório que já não está válido à data de hoje, e cuja explicação em abril, em Assembleia Municipal, não teve o seu voto contra. E só passaram 5 meses”.
Explicando que as contas de 2017 reflectiam as diversas obras assumidas pelo Município, “sem que o estado ou governo tivessem feito a sua parte, ou seja, pagarem ao município os fundos comunitários que são por direito de Penafiel” e afirmam que “Penafiel, não pode ser comparado com Municípios que reduzem a sua divida a fornecedores com dinheiro de um fundo especial (FAM) para o qual Penafiel também comparticipa”.
Garantem, por fim, que haverá várias prestações de contas até ao final do mandato, que deitarão por terra o relatório, e acrescentam que “finalmente, e para comprovar o equilíbrio financeiro do Município, caso Penafiel precisasse, teria hoje uma capacidade de endividamento junto da banca, muito superior a que existia quando a actual coligação começou a gerir os destinos da autarquia”.

 

 

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