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Contribuição cobrada pela Paróquia de Freamunde para uso da casa mortuária gera polémica

tanatorio

Nos últimos dias, várias vozes freamundenses se insurgiram contra o pároco local, pela alegada cobrança de 75 euros por dia para utilização do espaço do novo tanatório de Freamunde.

Face à polémica que o assunto despoletou junto da comunidade, o Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia de Freamunde emitiu um esclarecimento, explicando que esta “contribuição financeira”, “não tem nada a ver com o serviço religioso ou sacerdotal, mas simplesmente com a utilização de um espaço – a mortuária que é, em muitos casos, da responsabilidade das Juntas de freguesia, com ou sem taxa de utilização”.

No comunicado, referem que a contribuição é solicitada pela Paróquia às Agências Funerárias, para suportar as despesas associadas ao consumo elétrico, à limpeza e à manutenção daquele espaço. “Também a Paróquia cumpre os seus deveres económicos e sociais para com as pessoas que a servem, nomeadamente na vigilância e limpeza deste espaço”.

Garantindo ter conhecimento de Juntas de Freguesia e Paróquias que aplicam uma taxa para utilização dos espaços, o Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia de Freamunde afirma que esta decisão não foi uma vontade do Pároco Luís Brito, Padre de Freamunde, “mas foi ponderada, em sede própria do Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia”, tendo em conta “os recursos, dificuldades e compromissos financeiros” da paróquia, “bem como o das famílias, que recebem – como se sabe e na maioria dos casos – alguma contribuição social para as despesas de funeral, gerida habitualmente pela Agencia Funerária.” “Torna-se, no nosso caso, também necessária à sustentabilidade financeira da Paróquia”, referem, certos de que existe na maioria das pessoas “uma expetativa de gratuidade total”, situação que seria “ideal”, se houvesse uma “habitual contribuição”, “por iniciativa espontânea e livre de uma parte significativa dos seus fiéis”.

Referindo que existem menos praticantes do que habitantes, e “muitas as pessoas que não se sentem vinculadas a qualquer contributo paroquial regular, para o cuidado da sua Casa Comum (a igreja)”, o Conselho para os Assuntos Económicos da Paróquia garante que esta contribuição “é também uma forma de se associarem ao cuidado de um espaço aberto a todos” e que terão em conta situações de “comprovada carência económica”, sinalizadas pela Agência Funeraria.

“Os que conhecem, por dentro, a vida da nossa comunidade paroquial, sabem que não divinizamos nem diabolizamos o dinheiro. Este pode ser um bom servo e será sempre um mau senhor. Nós desejamos apenas que nos ajude a servir mais e melhor.

Somos transparentes na prestação de contas e ficamos muito gratos àqueles que têm garantido à Paróquia, com sacrifício pessoal e alegre generosidade, os recursos financeiros necessários para esta cumprir a sua missão, no anúncio, na celebração e no serviço da caridade”, concluiu.

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