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O Tribunal de Penafiel aplicou uma pena de 21 anos de prisão a Daniel Ferre, o homem de nacionalidade espanhola que estava acusado de, em fevereiro do ano passado, ter asfixiado a companheira até à morte e de ter abandonado depois o corpo num mato em Rio de Moinhos, no concelho de Penafiel.

Para o coletivo de juízes ficou provado que Daniel Ferre asfixiou até à morte a mulher de 31 anos, com quem mantinha uma relação de cerca de dois anos, relação esta pautada por vários episódios de violência, ameaças e agressões. Apesar de, em sede de julgamento, ter dito que a mulher morreu, de forma natural, enquanto mantinham relações sexuais, o Tribunal não valorou o depoimento do arguido, tendo em conta que este não pediu ajuda na noite em que Sandra Rocha morreu. “Se fosse morte natural tinha pedido ajuda”, referiu a juiz presidente, acrescentando que Daniel Ferre tirou a vida à companheira porque quis e depois engendrou uma história para convencer as pessoas que os conheciam de que a mulher o tinha abandonado.

Daniel Ferre foi também condenado por um crime de violência doméstica. O casal vivia um relacionamento marcado pela violência, pelo medo e pelo controlo, no qual o homem exercia grande pressão sobre a mulher, que procurava sempre desculpabilizar as várias agressões de que foi vítima. Numa dessa agressões, enquanto o casal vivia em Espanha, Sandra Rocha estava grávida e perdeu o bébé.

Assim, o Tribunal condenou Daniel Ferre por um crime de homicídio qualificado, por um crime de violência doméstica e um outro de profanação de cadáver a 21 anos de cadeia. O homem tem ainda que pagar uma indemnização de 175 mil euros aos dois filhos menores de Sandra Rocha.

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