No próximo dia 4, comemora-se o Dia da Bolacha. Por uma questão de inclusão, vamos considerar, para o mesmo efeito, o chamado Biscoito que significa “cozido duas vezes”. Afinal, quem não gosta de uma bolachinha?
Em Portugal a bolacha mais antiga é de Setúbal e foi criada em 1855. Curiosamente, a mais popular, a bolacha Maria, não teve origem em Portugal. Ela surgiu em 1874 através de uma padaria inglesa como forma de comemorar o casamento de Maria Alexandrovna da Rússia com o Duque de Edimburgo, Alfred Ernest Albert. Nesse mesmo ano, passou também a ter produção nacional, mas a bolacha Maria popularizou-se por toda a Europa, com especial destaque na Espanha, com as Galletas Maria. Se no passado era um luxo aceder a uma bolachinha, hoje encontramos nos hipermercados prateleiras com os mais variados tipos de bolachas, onde a maior dificuldade é a escolha! Neste dia, dê um miminho, a si e àqueles de quem gosta, com uma bolachinha ou biscoito para comemorar. Mas não abuse, o excesso de açúcar tem consequências nocivas!
Passando agora para a metáfora patente no título, quantas pessoas já conheceu que se achavam “a última bolacha do pacote”? Quer no campo pessoal quer no profissional? Aqueles que queriam ser sempre o centro de atenção, que se consideravam superiores a tudo e a todos, e que, frequentemente, o manifestavam denegrindo ou humilhando os outros? Este excesso de “confiança”, eventualmente, esconderá uma grande insegurança e muitas fragilidades ocultas. Se é um facto que uns adquiriram e desenvolveram de forma mais notória a sua diversidade de competências, atualmente denominadas Powers Skills, também é verdade que outros já o fizeram primeiro e muitos outros o irão fazer. Assim, embora cada um com a sua unicidade, na realidade todos precisamos de todos. Então, não é o ser a última e a única “bolacha do pacote” que importa! Jamais estar orgulhoso disso! Importante é saber ser “bolacha única”, no meio de todas as outras bolachas! É relacionar-se positivamente com “todas as bolachas do “pacote” (família, organização, etc). É Permitir-se evoluir com todos e induzir evolução a todos. Afinal, pela teoria dos vasos comunicantes, o que tem mais partilha com o que tem menos, mas neste caso, ao contrário da física, quem partilha não fica com menos, e no final, todos poderão igualar o nível máximo, e pelo efeito de sinergia superar esse nível. Já agora, não se esqueça, pegar na última bolacha, nunca representa uma escolha consciente entre muitas, mas sim a escolha possível! E, frequentemente, esta não se apresenta no seu melhor estado.
Através da Prática do Coaching, torne-se uma “bolacha” mais apetecível, mas sem perder a sua identidade, autenticidade, criatividade e inovação e, claro, interagindo positivamente com as restantes “bolachas”.
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