Site icon Imediato – Jornal Regional

Coaching…para quê? (200) – PREVENÇÃO E PRECAUÇÃO NA CONDUÇÃO

Coaching / Trabalho / Felicidade / outros / Saudades / Férias / Exames / reconhecimento / Beijo / Estudante / Ser / Relação / Mudança / Vida /Ano Novo / Tempo / Coaching / Preguiça / Coaching…para quê? - Poupa / Saber Viver
Participe no Pestiscando

Comemora-se em setembro, o Dia Europeu Sem Mortos na Estrada. Em 2024, nas estradas da Europa, morreram 54 pessoas por dia. Em Portugal, cerca de 2 pessoas morrem diariamente nas estradas. Praticamente 20.000 pessoas por ano, no espaço europeu, perdem a sua vida. As faixas etárias predominantes situam-se entre os 18-24 e depois dos 65 anos.

O “ato de conduzir” deveria ser classificada como uma “atividade de risco elevado”. Não só se põe em causa a própria vida como a dos demais. Seria interessante averiguar os níveis de atenção, tempos de reação e de consciência ao volante. Sendo Portugal um dos países onde mais se consomem ansiolíticos e onde o excesso de álcool é a segunda causa de infração detetada, é natural que, o risco de acidente seja elevado. Para piorar a situação, constata-se também, que o excesso de velocidade e a utilização indevida do telemóvel estão na ordem do dia. Estes motivos realçam a importância, eventualmente alargada, da realização de relatórios de Avaliação Física e Mental e de Avaliação Psicológica dos condutores.

Apesar da elevada tecnologia dos automóveis de hoje e do incremento da segurança ativa e passiva dos mesmos, assim como da maior eficiência na absorção de energia em caso de colisão, a digitalização de inúmeros comandos retiram tempo precioso e atenção quando acionados. O interface homem/máquina deve facilitar a usabilidade de todos os comandos, no mínimo de tempo possível, de forma automática e ergonómica.  Está-se a caminhar para um excesso de informação visual em vários écrans, cada vez mais cheios de informação visual e auditiva. Curiosamente, alguns modelos estão a voltar aos botões manuais que instintivamente já eram manipulados, para as funções mais básicas.

Apesar das escolas de condução estarem apetrechadas com automóveis recentes, seria interessante pensar que tipo de automóvel vai o recente encartado conduzir. Provavelmente, vai ser o “velhinho” carro de família que até tem relativamente poucos quilómetros!  Não indo mais longe, dá para “prever” que na primeira “travadela” que vai dar, vai apanhar um grande susto..pois ele abranda, abranda e muito depois é que pára! Aliás, em Portugal o parque automóvel tem em média 14 anos mas, inúmeros automóveis com 20 anos ainda circulam por aí! Curiosamente, também poderemos ter a situação oposta, para aqueles que têm elevado poder de compra. Hoje, com elevada facilidade, nomeadamente em automóveis elétricos, conseguem potências muito  facilmente acima dos 200cv e um elevado binário sempre presente!  Os mais “velhinhos” provavelmente começaram a conduzir em automóveis que demoravam dos 0 aos 100km/h entre os 12 e os 20s. Hoje, qualquer elétrico tem valores inferiores a 10s. Consegue tudo isso sem o ruído característico do esforço dos motores de combustão, dando a ilusão que vai…devagar! A questão é que os nossos jovens pensam que tirar carta de condução é o equivalente a ter carta desportiva e que estão aptos para provas de competição! Como a velocidade é uma “droga” mental e induz o querer fazer sempre mais depressa, a dopamina passa a dominar o cérebro. O medo desaparece, a (falsa) confiança instala-se e o acidente vem depois! Por alguma razão, o excesso de velocidade está no topo das infrações e, não deve ser, provavelmente, por ir a 60km/h onde teria que ir a 50 km/h!

Assim, depois de se apostar em automóveis mais seguros, estradas mais seguras (será?), sinalética adequada, falta apostar, atempadamente, no elemento mais importante, o futuro condutor. Afinal, é ele que vai, eventualmente, conduzir o automóvel velhinho dos anos 90 ou o elétrico que faz 9s dos 0 aos 200km/h! Independentemente da situação (estado do tempo, estrada, automóvel, …), é o condutor que deve agir racional e plenamente consciente dos seus atos, de forma apropriada, para que chegue tranquilo ao seu destino.

Curiosamente, o projeto “EU COACHING PROJECT HERMES”, aplicado em Escolas de Condução de vários países da UE, veio efetivamente demonstrar que a “filosofia” inerente ao Coaching é aquela que melhor prepara condutores de forma “integral”, conscientes e responsáveis e que deve ser adotada nos vários países da União Europeia.

Através da Prática do Coaching, potencia-se a consciência não apenas através do pensamento racional, mas também através dos sentidos e emoções do aluno. Aumenta-se a consciência dos valores, objetivos, motivos e atitudes dos mesmos, assim como dos seus conhecimentos e aptidões. Estas “competências”, adquiridas e desenvolvidas, poderão contribuir para reduzir o números de vítimas nas estradas e transformar o ato de conduzir em algo prazeroso, seguro e ecológico.

Não perca o próximo artigo de “Coaching…para quê?”  Leia mais artigos na página de opinião do IMEDIATO.

Exit mobile version