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Coaching…para quê? (199) – DE VOLTA À “RODA DO TRABALHO”?

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Setembro já chegou. Milhares de trabalhadores regressam ao trabalho (alguns foram despedidos coletivamente!) e milhares de alunos começam as suas atividades letivas. A rotina do trabalho, profissional e académico, está instalada de novo. Nesta visão superficial, esta rotina parece mera repetição dos anos já passados. Daí, que a frase “trabalhas um ano e repetes 40 vezes”, infelizmente, ainda é muito utilizada. Parece que os humanos entram, quais ratinhos numa gaiola (da vida), e correm na rodinha dando mais uma volta. Imaginar ratinhos fechados a correr na rodinha é algo “deprimente”, pois a privação da liberdade leva-os a não ter outra opção que não seja ir para a rodinha, esperando eventualmente a recompensa da comida. O ser humano, também espera a cada voltinha no trabalho um salário para viver. Os estudantes esperam, a longo prazo, ter a recompensa de um trabalho bem remunerado! Mas, será que podemos analisar esta situação por outro ângulo? Obviamente que sim.

Começando pelos ratinhos, e como profundamente sensíveis ao bem-estar animal, vamos soltá-los. A liberdade é o máximo expoente para qualquer ser. Mas, e tendo como base a investigação efetuada pelo Centro Médico da Universidade de Leiden, vamos colocar uma gaiola aberta na natureza, com uma rodinha lá dentro e colocar uma câmara de filmar com visão noturna e sensores de movimento. Os mais 200 mil registos foram impressionantes. Além dos ratos, também ratazanas, lesmas, caracóis, rãs e esquilos, utilizaram livremente a rodinha para correrem! E corriam pelo prazer de correr, sem qualquer recompensa alimentar no final, pois o comportamento não era condicionado, nem confinado. O exercício físico é naturalmente e instintivamente feito, e obviamente, com efeitos positivos na saúde.

Vamos extrapolar esta experiência para o ser humano. Enquanto os animais apenas ficam pelas sensações, emoções, instintos de fuga da dor e busca do prazer, além de pensamentos rudimentares, o ser humano tem a razão, a vontade, a imaginação e a profunda consciência de si e eventual possibilidade de expansão de consciência. Desta forma, a aparente “roda do trabalho” deprimente e vazia de sentido, pode transmutar-se em algo profundamente gratificante, cheia de sentido e propósito. Afinal, é um ser livre, profundamente grato pelo seu trabalho, como oportunidade de se realizar profissionalmente contribuindo assim para a sua felicidade. Assente num princípio de aquisição e desenvolvimento de competências, cada ano deixará de ser mera repetição, mas sim um contínuo progresso intelectual, operativo e ético, cada vez mais próximo da excelência. O mesmo é válido para os nossos estudantes. O exercício de “aprender”, não como “conhecimento dado e pronto a ser decorado”, mas como resultante da prática do pensamento crítico e reflexão, é algo extremamente profundo e gratificante. O ambiente académico deveria ser um dos mais desafiantes e interessantes, não apenas por ser o “centro da aprendizagem formal”, mas por permitir práticas de competências sociais/emocionais.

O ser humano, utilizando-se da razão permite-se decidir livremente (e assumir as respetivas consequências), através da vontade, direcionar-se para desenvolver o que mais necessita para a sua evolução profissional, pessoal e transpessoal. Ainda através da imaginação, transformar-se num ser criativo e, dessa forma, deixar a sua marca irrepetível e intransferível por onde passa. Assim, em setembro, “vá à luta (pacífica) ” com entusiasmo, sabedoria, sentido e propósito. E, já agora, faça exercício físico.

Através da Prática do Coaching, recomece a sua vida profissional e/ou académica de uma forma tranquila mas com entusiasmo, curiosidade e profundamente focado. Descubra em si as competências que já “domina” e as que precisa adquirir e/ou desenvolver para se tornar num Ser mais feliz e realizado pessoal e profissionalmente.

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