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Coaching…para quê? (194) – REDES SOCIAIS: EVOLUÇÃO OU PERDIÇÃO?

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No último dia de junho comemorou-se o Dia Mundial das Redes Sociais. Pela primeira vez, foi possível que qualquer pessoa pudesse opinar sobre qualquer assunto à escala planetária. Alegadamente, um acontecimento democrático que permitiria o cruzamento de opiniões e sentimentos por pessoas diferenciadas em termos de cultura, política, religião, desporto, hobbys, etc, e que poderia ser um mecanismo de “elevação” cultural, um espaço de convívio, amizade, interação, aprendizagem, reflexão e evolução. Oportunidades únicas de conhecer pessoas fantásticas em termos pessoais e profissionais! É isso o que está acontecer? Infelizmente, não. As redes sociais estão também a ser utilizadas como mais um meio de comunicação onde o ódio, o insulto, a perseguição digital, a desinformação, etc, estão presentes. Com um interface cada vez mais facilitado, usabilidade acrescida e visualmente atraente, as redes sociais, desde o antigo mIRC, até ao facebook, X, instagram, tiktok, etc, tornaram-se (quase) uma necessidade para qualquer cidadão, mesmo em termos profissionais. Os dispositivos também foram mudando, desde os computadores “fixos”, até aos portáteis, tablets e aos telemóveis inteligentes recentes, que envergonham os primeiros computadores! Estamos com o mundo na palma da mão! O telemóvel tornou-se uma extensão do corpo físico! A internet e as redes sociais vieram para ficar. Atualmente, já 66% da população mundial está on-line. O que deveria ser apenas uma vantagem e facilitar a vida pessoal e profissional, está a tornar-se em algo profundamente nocivo. A utilização “automática” e viciante da internet e das redes sociais, está-se a transformar num comportamento aditivo. Alegadamente, nada que não fosse esperado, pois já desde os anos 90, investigadores alertaram para (mais este) comportamento aditivo, que não precisava de substâncias químicas…externas! O neurocientista Michel Desmurget, diz mesmo que estamos a criar cretinos digitais, em que as pessoas usam as redes para espiar e opinar sobre a vida dos outros. As pessoas transferiram para a vida virtual, o sucesso das suas vidas. Só o que se passa lá, a validação das fotos, do que se escreve, dos likes e número de seguidores, é que liberta a “dopamina” que eles precisam para colmatar a ansiedade com que vivem diariamente. Entra-se num ciclo fechado e o comportamento aditivo está instalado e potenciado continuamente! Por sua vez, perdem-se (ou nunca se desenvolveram) competências relacionais presenciais, comunicacionais, etc. A impossibilidade de aceder à net, torna-se um sofrimento profundo, potenciando alterações comportamentais. Mas tudo tem um início…e tudo pode ser prevenido! Afinal, um incêndio começa com uma pequena chama! Pais, professores, educadores…e todos nós, devemos estar atentos à primeira chama, aos primeiros sintomas relativos à resistência em deixar de utilizar o pc, o telemóvel! E claro, não é proibir! Deve-se promover uma utilização responsável, útil, positiva da net e redes sociais. Mas não chega! É necessário mostrar um outro mundo, o real. Mas para isso os pais têm de passar efetivamente tempo com os filhos! Os pais têm de cultivar o afeto, o reconhecimento, o elogio nas relações com os seus filhos! Os pais têm de partilhar a vida com os seus filhos e vice-versa! Os pais e filhos têm de viver juntos, não em casa mas na mesma, divisão! Mas não é isso que está a acontecer!

O vazio existencial com que os nossos jovens vivem, a ausência de um projeto de vida, a apatia por viver, a incapacidade de comunicar e fazer amigos, etc, são potenciadores fortíssimos para futuros comportamentos aditivos (químicos ou não). É aqui, que entra o Coaching como ferramenta provocadora de reflexões profundas. Desta forma o Coaching atua como medida preventiva, ou como importante auxiliar de “desmame” do respetivo comportamento aditivo.

Através da Prática do Coaching, é possível trabalhar necessidades e expetativas dos jovens sobre a sua vida e encontrar caminhos salutares de os suprirem. Afinal, uma vida com sentido…faz mais sentido!

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