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A megaoperação da PJ “Entre – Grades” levou à detenção de nove pessoas, cinco delas guardas prisionais do Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira. Segundo o diretor da PJ do Norte, Norberto Martins, foram realizadas 52 buscas em prisões, residências e centros comerciais.

No decorrer de várias investigações de combate ao tráfico de droga no Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, a PJ lançou hoje uma “operação policial de grande dimensão”.

Em conferência de imprensa, a PJ anunciou que foram detidas nove pessoas, cinco delas guardas prisionais. A força policial confirmou aos jornalistas que dos guardas desempenhavam cargos de chefia no estabelecimento prisional.

Foi também detido um ex-recluso e outros envolvidos no esquema, entre os quais familiares, que no momento da detenção tinham na sua posse armas brancas.

Segundo o diretor da PJ do Norte, os detidos eram responsáveis pela introdução de drogas na cadeia de Paços de Ferreira, principalmente haxixe e cocaína, e são suspeitos de “crimes de tráfico de estupefacientes, de corrupção ativa e passiva e de recebimento indevido de vantagens”.

Além dos detidos, que vão ser presentes na quarta feira no Tribunal Criminal de Marco de Canaveses para primeiro interrogatório, o processo conta ainda com “mais de 30 arguidos”.

Através de 52 buscas a seis prisões do Norte, a domicílios e a centro comerciais foram ainda apreendidos “vários telemóveis” e 20 mi euros em dinheiro.

Segundo a PJ, as buscas realizadas na prisão de Paços de Ferreira foram lideradas por três magistrados do Ministério Público e contaram com a colaboração do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), que “desde o primeiro momento colaborou ativamente nas investigações em curso”.

A megaoperação envolveu 160 agentes da PJ e cerca de 50 operacionais do GISP, tendo acontecido no decorrer de vários inquéritos investigados pela Polícia Judiciária desde 2017 relativos ao tráfico de droga na cadeia de Paços de Ferreira.

A atenção virou-se recentemente para a prisão no início do ano, quando mais de 100 telemóveis foram confiscados aos reclusos durante duas operações.

As buscas ocorreram devido a um vídeo publicado por reclusos nas redes sociais, onde era possível ver uma festa de aniversário com comida e dança, na ausência de guardas prisionais. Noutro vídeo, publicado na mesma altura, era possível observar um grupo de presidiários a fumar o que parece ser um charro.

A polémica levou a um pedido de demissão por parte da diretora da cadeia, Maria Fernanda Barbosa, que foi aceite pelo diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

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