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Começamos hoje a publicar as entrevistas que o Jornal IMEDIATO realizou aos candidatos às Câmaras Municipais de Penafiel e Paços de Ferreira para as próximas eleições autárquicas
Iniciámos com a entrevista a Vitorino Silva – candidato pelo Movimento Penafiel é Top com Tino de Rans.
Vitorino Silva, popularmente conhecido como Tino de Rans é um calceteiro e antigo autarca português. Em 1993, Vitorino Silva foi eleito nas listas do Partido Socialista (PS) para Presidente da Junta de Freguesia de Rans, sua terra natal, tendo sido reeleito para o cargo em 1997. Desfiliou-se do PS e nas autárquicas de 2009 concorreu como independente à Câmara de Valongo. Foi, em 2016, candidato à Presidência da República, tendo conseguido 152 mil votos, 3,28% dos eleitores votantes. É ainda escritor, tendo publicado o livro “De Palanque em Palanque” e participou nos reality shows “Quinta das Celebridades”, “Big Brother Vip” e “O Último a Sair”. Colaborou ainda com as rádios Comercial e Nova Era e tem um jornal, o “À Pressa” e uma banda de música, os “Darransar”, tendo já editado dois cd’s. Frequenta a universidade no curso de Comunicação e já fez várias palestras em universidades.

O que o levou a assumir esta candidatura?
Foi um caminho natural que me fez assumir a candidatura à Câmara Municipal de Penafiel nesta altura. Como já fiz questão de referir por diversas vezes, depois de ter terminado o meu mandato como presidente de Junta de Freguesia de Rans, foi eleito presidente da Câmara de Penafiel um grande amigo, Alberto Santos, que apoiei e que na minha opinião fez bons mandatos autárquicos. Durante esse período de tempo continuei a sentir e a viver política todos os dias e assumi alguns desafios dos quais não me arrependo. Mais recentemente, como sabem, fui candidato a Presidente da República o que muito me orgulha. E não posso esquecer o resultado que os Penafidelenses me deram na nossa Terra ficando apenas atrás do nosso Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Foi um sinal inequívoco que o Povo de Penafiel, conta comigo e com as ideias que eu tenho, para dar à minha Terra. Terra esta a que eu não posso ficar indiferente. Finalmente a avaliação autárquica que eu faço dos últimos quatro anos não me deixam satisfeito e levam-me a acreditar que a minha experiência e a minha voz, será uma mais valia para a nossa Terra.

O que a distingue das restantes?
É uma candidatura consciente e responsável, verdadeiramente independente, constituída por pessoas que já votaram em quase todos os partidos que se costumam apresentar a votos. Não é uma candidatura de fação, é uma candidatura de todos, que tratará tudo e todos por igual, independentemente das suas cores políticas ou apoios, independentemente do curso ou profissão. É uma candidatura da terra, de Gente da nossa Terra, que conhece todas as pedras da calçada do nosso concelho, de norte a sul, de este a oeste. É uma candidatura de pessoas normais, que vão todos os dias ao café da freguesia, ao minimercado, participam nas associações, vão levar os filhos à escola todos os dias, andam nos transportes públicos, ou seja, conhecem muito bem a realidade de cada uma das nossas terras. É uma candidatura que não está conotada com o sistema e que tem gente que representa todas as áreas da sociedade. De todas as todas as idades, de todos os estratos sociais e constituída por gente de todas as zonas do nosso concelho. É uma candidatura que prefere ser criticada, que criticar os outros, nunca falaremos mal da nossa terra, nem da nossa gente. É uma candidatura que não está hipotecada aos interesses, aos lóbis, às influências e que não se deixa pressionar por qualquer grupo de pressão. Dá-me vontade de rir, quando ouço, pessoas ligadas ao Partido Socialista, dizer que esta candidatura está conotada com a candidatura da coligação Penafiel Quer, e quando ouço, pessoas ligadas à coligação Penafiel Quer, dizer que esta candidatura está conotada com a candidatura do Partido Socialista, é sim, uma Candidatura que está conotada com a nossa Gente e com a nossa Terra. É uma candidatura que não tem medo de ir a votos, porque em democracia os votos chegam para todos. Uma candidatura que simboliza a Força da Vontade.

Quais são as prioridades da candidatura que lidera?
A prioridade desta candidatura são as pessoas. Os projetos que temos para Penafiel têm as pessoas como centralidade. São projetos de aumento da oferta de emprego, para que os nossos não tenham que sair para trabalhar, são projetos de melhoria da qualidade de vida e promoção de saúde, para que todos se sintam bem e orgulho na nossa terra a ocupar os tempos livres, são projetos de mobilidade, para que aqueles que tenham que se deslocar o consigam fazer de forma segura, prática e cómoda, e são projetos de ambiente, para que a nossa terra seja um forte exemplo no cuidado e preservação da casa de todos nós: a Terra. Não nos podem esquecer que Penafiel perdeu milhares de Penafidelenses para os concelhos vizinhos e temos todos que fazer uma reflexão profunda e criar condições para os fixar. O lema da nossa candidatura é virar a página, num bom livro um leitor curioso está sempre à espera do que vem na página seguinte.

Em que áreas defende que tem que haver uma maior intervenção política?
Nas áreas que afetem diretamente a qualidade de vida das pessoas, dos mais novos aos mais velhos. O nosso concelho teve um grande investimento em infraestruturas nos últimos anos. Agora o investimento tem de ser nas pessoas para que consigam ter qualidade e conforto na sua vida. Gosto de assumir compromissos que sei que consigo cumprir. Acredito no valor da palavra. Acho que todos sabem que se me derem a oportunidade de liderar o nosso concelho vamos ter pessoas mais felizes, mais próximas de tudo e de todos e mais ouvidas. O Turismo será a nossa grande aposta, porque Penafiel é uma grande marca, e que tem muita margem de progressão. Porque não seguirmos os exemplos bons de outros concelhos e construir os Passadiços entre as Freguesias de Abragão a Rio Mau. Aproveitar as vistas magníficas e ímpares do nosso concelho, podendo promover nos Miradouros os produtos da nossa região. Na área Social, criar um Piquete Social “PenafielAjuda”, ter uma equipa responsável pela realização de pequenos arranjos ou serviços nas casas das pessoas desfavorecidas ou idosas. Existem idosos que muitas vezes precisam de alguém simplesmente para mudar um móvel de lugar, trocar uma lâmpada, uma telha partida, entre outros e não têm possibilidades ou ajuda. Garantir a manutenção e preservação dos fontanários e fontes públicas do concelho. No Lazer, construção de parques de lazer e praias fluviais em zonas ribeirinhas estrategicamente definidas em parceria com as freguesias. Na área da Indústria/ Empresas, estabelecer contatos com grandes empresas no sentido de procurar investimento das mesmas no concelho, tentar atrair as grandes multinacionais e proporcionar escoamento dos produtos made in Penafiel. Baixar as taxas municipais para quem investe e constrói e que se fixe no nosso concelho. Na Educação apoiar e incentivar a investigação científica realizada no concelho, atrair o conhecimento e estabelecer parcerias com Universidades e Institutos Superiores nesse sentido.

Como analisa e avalia o último mandato autárquico?
É óbvio que algumas coisas foram bem feitas e que devem voltar a ser feitas. Dou como exemplo, a “Escritaria” que trouxe muita visibilidade a Penafiel, trazendo nomes notáveis da língua portuguesa, bem como também a obra feito na Aldeia de Quintandona, duas marcas de que todos os Penafidelenses se devem orgulhar. Outras não foram tão bem feitas mas com alguns ajustes irão ficar muito melhores. Outras nunca deviam ter sido feitas. Cada Penafidelense, segundo a vereadora Dra. Susana Oliveira, em maio de 2017, devia 331 Euros, só espero que em novembro, na tomada de posse do novo executivo, cada Penafidelense, não fique a dever 700 ou 800 euros, devido às obras de última hora. Estes últimos 4 ou 5 meses do mandato deste executivo, faz-me lembrar uma equipa de futebol, que está a correr atrás do resultado nos últimos minutos do jogo, em que atua mais com o coração do que com a cabeça. Os últimos quatro anos foram muito diferentes ao nível da proximidade comparativamente com os anteriores doze anos. Houve distanciamento das pessoas e falta de acompanhamento da forte dinâmica das nossas terras. Passou a haver muito formalismo, muitas mensagens formatadas e gastou-se muito dinheiro em propaganda, com mensagens repetitivas. Gosto das coisas naturais, sem artificialismos, de falar olhos nos olhos com as pessoas na rua, nos cafés, nos restaurantes, ou seja, gosto de ir ao encontro das pessoas. Não vou ficar no gabinete à espera, eu vou ao encontro das pessoas, porque é isso que as pessoas valorizam num político.

Quais são as suas expetativas para o dia 1 de outubro?
São as de todos os Penafidelenses, ser eleito Presidente de todos os Penafidelenses, sem exceção. Acredito na nossa terra e muito na nossa gente, as expetativas são as melhores. As pessoas do Concelho de Penafiel esperam um Presidente totalmente livre, não hipotecado a ninguém.

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