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Assim vai a Campanha Eleitoral…

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Não sei bem se é pela agitação, alguma agitação, que tenho vivido nos últimos dias, o que acontece mesmo assim, é que quase nada me perturba as palavras que posso usar para definir os últimos dias…

Recorro quase sempre a autores, à gente melhor do que eu, para motivar ou introduzir o que quero dizer… Desta vez, Fernando Pessoa: “Não o prazer, não a glória, não o poder: a liberdade, unicamente a liberdade”. Assim, tal e qual, para que eu possa registar o que penso sobre o que vai acontecendo nos dias que correm, nunca iguais, cheios de mensagens que podemos, ou não, aproveitar…

A Política, a Campanha política em curso, está má, muito má, como se pode constatar. Não se discutem ideias, não se analisam programas, não se fala nem se aborda o que deveria, realmente, interessar. Cada candidato para seu lado, cada um a tentar mostrar o que realmente lhe interessa, nada de novo, nada de relevante, nada para ajudar a descobrir o que cada partido tem para apresentar. Nos tempos que correm, deveriam estar esgotados os mercados e as feiras, deveriam estar postos de lado os bombos e os tambores, deveria haver, sim, mais debate, mais análise e discussão… Nada disso, afinal! Assim, não votando à toa, fica muito difícil escolher… Ninguém me dá provas para poder analisar, para poder decidir…

Há muito que não tenho cartão de militante e, mesmo que isso servisse de ajuda para votar, a liberdade de escolha ainda se impõe e há-de servir para que cada um de nós possa escolher… Como está, é uma confusão… para já. Nunca foi assim que eu entendi a Política, nunca achei que os programas dos Partidos Políticos fossem isto, nunca percebi como a prática política actual discorde da teoria que cada programa propõe… Uma quase “fantochada”, afinal! Em que ficamos?

Paralelamente, é possível constatar que outras actividades, mais ou menos paralelas, revelam a mesma confusão. O Mundo está às avessas, afinal, é mesmo isso que temos de constatar!

Intencionalmente, ou talvez não, quase prefiro omitir exemplos, muitos exemplos, que o mundo actual põe em destaque e que serve para confirmar o que, disfarçadamente talvez, nem quero exemplificar. Teria agora de saltar para a Saúde, para a Justiça, para a Educação, para o Ensino, para a vida no mundo actual…Afinal, aqui, onde nada do que eu diga vai interessar, o melhor é guardar para mim, quase só para mim, o que já descobri que está mal, muito mal… Afinal, vai alterar alguma coisa o resultado de mais este próximo acto eleitoral? Não, claro que não, ficará tudo como está, nada de novo irá acontecer… Então, como votar? Como dizia Pessoa que citei no início, “Não o poder, unicamente a liberdade”. E terá de ser assim! Face à balbúrdia que vai por aí, abstendo-me de seguir as imagens tolas da Campanha que está a decorrer…

Face à conversa impostora, sem conteúdo, sem mensagem motivadora, perdida, oportuna, quase ridícula às vezes, que nos querem impingir, a meio de uma, mais uma, campanha eleitoral, continuarei a tentar medir o menos mau e vou só concluir que, porque a liberdade de voto conta, é por isso que nunca deixarei de votar…

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