Paços de Ferreira
Fotografia: Direitos Reservados

Continua instalada a polémica em torno do anúncio feito pela Águas de Paços de Ferreira de que vai proceder ao aumento do tarifário da água, a partir de 1 de outubro, para os valores praticados antes de 2017. Segundo a empresa concessionária da água e saneamento no concelho pacense, na base desta decisão está o não cumprimento por parte da autarquia, de um acordo estabelecido entre as duas entidades. A autarquia já veio a público refutar esta decisão, que considera ilegal “totalmente ilegal, porquanto a competência para a fixação do tarifário da água e saneamento é, em exclusivo, da Câmara Municipal” e razão para rescindir o contrato de concessão com justa causa.

A questão da água tem provocado várias reações nos últimos dias, depois da Águas de Paços de Ferreira afirmar que o tarifário em vigor não tem “suporte legal e contratual sem a concretização do referido acordo que o legitimou” e que foi estabelecido entre as partes, e que, como tal, será alvo de um aumento. Além da autarquia, também o PSD se pronunciou, afirmando que Humberto Brito não cumpriu o contrato que ele próprio negociou e que “mentiu aos pacenses” e exigindo que cumpra a promessa que fez em campanha eleitoral e se demita, caso a água aumente.

Também o Movimento 6 de Novembro (M6N), movimento de cidadãos que surgiu há vários anos para contestar o preço da água no concelho, anunciou que este aumento é “uma ilegalidade monstruosa” e merece “total repúdio”.

Tal como fez a Câmara Municipal de Paços de Ferreira, o M6N está a aconselhar as pessoas a reclamar das faturas que receberem da Águas de Paços de Ferreira, caso esta contemple o referido aumento, exigindo a correção para a tabela em vigor, “aprovada pela Câmara Municipal, a única entidade legalmente autorizada para o efeito”, afirma em comunicado o movimento.

No comunicado, o M6N afirma que, como sempre defendeu, “a concessão da água e saneamento deverá passar para a esfera da Câmara Municipal, porque sendo este um bem público essencial, enquanto estiver na mão de privados este pesadelo não terá fim”.

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