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A exposição “Ao Contrário do Inferno” de Agostinho Santos, com curadoria de Valter Hugo Mãe, vai ser amanhã inaugurada, pelas 17h00, na Casa da Cultura de Paredes.

Desenho, pintura, escultura e Livros de Artista esta é a “maior exposição” do percurso de Agostinho Santos e reúne no total mais de 200 obras, dessas 128 são da sua autoria e 27 de outros artistas.

“Ao contrário do Inferno” surge como uma forma de “meditar sobre a questão do paraíso, uma vez que as obras de Agostinho Santos surgem a partir de um ponto de vista do acidente, do defeito, do erro, a partir da nossa incapacidade, da nossa incompletude e, por isso, é como se estivesse a discursar sobre o paraíso, mas inevitavelmente, tem um pouco a sensação de que nós estamos com um pé no inferno”, afirma Valter Hugo Mãe, em nota do Município de Paredes.

Agostinho Santos pretende “denunciar os estragos que o Homem causa”. O artista explica que tudo o que tem feito “nos últimos anos é uma tentativa de chamar a atenção, de denunciar para o lado errado do mundo. Quero agitar as consciências das pessoas e contribuir para uma reflexão sobre o tema da atualidade, as injustiças sociais, as desigualdades, entre outros”.

Beatriz Meireles, Vereadora da Cultura, salientou a importância e a “honra” que tem sido “abrir as portas a tantos artistas nacionais e internacionais” na Casa da Cultura de Paredes. “Estamos a dinamizar este espaço, estamos a afirmar-nos pela arte e, portanto, parece-me que estamos no bom caminho”, rematou a autarca.

“Ao contrário do Inferno” vai estar patente até ao dia 5 de março. O horário de visitas é de segunda a sexta-feira das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30 e aos sábados e domingos das 10h00 às 12h30 e das 14h30 às 17h00.

 

Agostinho Santos

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Natural de Vila Nova de Gaia, é pintor, curador, escritor e jornalista. O artista conta com mais de 100 exposições individuais e já participou em inúmeras coletivas. Foi diversas vezes premiado e vê as suas obras editadas numa vastidão de livros. Mereceu artigos e ensaios da autoria de figuras como Agustina Bessa-Luís, Fernando Pernes, Eduarda Chiote, José Saramago, Rui Lage, Mário Cláudio, Rosa Alice Branco, entre muitos outros.

Doutorado em Museologia pela Faculdade de Letras e Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, mestre em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e é doutorando em Arte Contemporânea no Colégio das Artes da Universidade de Coimbra. Atualmente é diretor da Bienal Internacional de Arte de Gaia, e coordenador do Projeto Onda Bienal, sendo Presidente de Artistas de Gaia – Cooperativa Cultural.

 

Valter Hugo Mãe

157499Além de escritor, é editor, artista plástico e cantor português. É licenciado em Direito e pós-graduado em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.

Em 1999, fundou com Jorge Reis-Sá a Quasi edições. Em 2001, co-dirigiu a revista Apeadeiro, e, em 2006, criou a editora Objecto Cardíaco. Em 2007, recebeu o Prémio Literário José Saramago, durante a entrega do qual o próprio José Saramago considerou o romance “O Remorso de Baltazar Serapião” um verdadeiro “tsunami literário”.

Para além da escrita tem-se dedicado ao desenho, com uma primeira exposição individual inaugurada em maio de 2007, no Porto, e à música, tendo-se estreado como voz do grupo “O Governo” em janeiro de 2008, no Teatro do Campo Alegre, no Porto.

O escritor coleciona diversos prémios, nomeadamente, o Prémio Almeida Garret, em 1999, o Prémio Literário José Saramago, em 2007, o Prémio de Camilo Castelo Branco, em 2010, o Prémio Portugal Telecom – Melhor Romance do Ano, em 2012, e o Grande Prémio APE, em 2020.

 

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