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A nova ordem internacional

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Fotografia: Direitos Reservados

Com o desenrolar da invasão russa da Ucrânia, regista-se uma aceleração da definição de quem está com quem.

Nitidamente, começam a surgir sinais inequívocas de como vamos viver no futuro mundo global: dois blocos, um liderado pela China e outro pelos Estados Unidos. A China tem no seu bloco como país de referência a Rússia. Os EUA tem na sua órbita a União Europeia e os aliados da NATO, tendo na Ásia três aliados tradicionais de referência: Japão, Coreia do Sul e Austrália.

Há uma diferença substancial entre os dois novos blocos, em perspetiva de uma nova “guerra fria”: de um lado, países com regimes ditatoriais; do outro lado, as democracias tradicionais. A história diz-nos que as ditaduras não duram para sempre. Com os novos meios comunicacionais globais cada vez é mais difícil controlar todo um povo.

Mas, as democracias também estão ameaçadas por não estarem a saber introduzir modelos de governo que obtenham a aprovação inequívoca dos seus cidadãos. Cresce um sentimento de desconfiança e descrédito. É preciso fazer algo para inverter esse sentimento. Mas ainda não sabemos como o fazer.

O que, também, nos deve alertar é a elevada dependência dos países que constituem a União Europeia dos fornecimentos dos países do bloco China-Rússia. A dependência do gás russo fez e faz estragos à nossa economia. E estamos cada vez mais dependentes dos fornecimentos chineses.

Vamos conseguir ter boas relações com gregos e troianos? A União Europeia tem dado sinais de pretender isso. Terá capacidade para ser uma terceira potência?

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